segunda-feira, 13 de julho de 2015

Sete Vidas - A melhor novela da globo (Final)

Chegou ao fim a melhor novela dos últimos tempos.


Até que fim, depois de muitos e muitos anos produzindo coisas ruins, a rede Globo de fato acertou em uma dramaturgia, ela foi Sete Vidas, a novela que acabou no ultimo dia 10 de
julho, e como ela já terminou podemos dizer que foi a melhor em anos. Muitas novelas
começam boas e depois ficam ruins e  péssimas, ou algumas ao contrario começam ruins e só no final ficam boas, com Sete Vidas foi totalmente o oposto ela começou e continuou ótima, e esse mérito com certeza é todo de sua escritora Lícia Manzo e de seu diretor geral Jayme Monjardim. Uma das coisas que me surpreendeu e acredito que contribuiu para que tivesse um bom desempenho foi o tempo de duração da novela, pasmem ela teve 106 capítulos, ficando no ar por aproximadamente 4 meses. Esse tempo curto de duração talvez não seja tão vantajoso para uma emissora de TV como a Globo que gasta tanto, que investe tanto em uma produção, mas para a dramaturgia isso acaba sendo ótimo, pois muitos autores se perdem ao escrever uma historia justamente porque na maioria das vezes precisam esticar suas historias, ou colocar muitos personagens paralelos para manter uma novela tanto tempo no ar como acontece muito por exemplo com as novelas das 21h00. Acontece que uma novela curta possibilita o autor a escrever melhor e concentrar forças nos personagens principais, criando historias mais bem elaboradas e sem muita enrolação, esse foi um dos casos de Sete Vidas, nessa novela as coisas aconteciam em um tempo certo, nem tão devagar como uma tartaruga e nem tão rápido como um flash, foi tudo dentro de um prazo que a historia pedia, isso de fato foi uma marca muito positiva. Outra coisa que me agradou muito foi a historia e sua forma de conta-la, um tema forte e profundo, contada de uma jeito delicado, de uma forma mais humana, não parecia de jeito nenhum uma novela, se assemelhava com um serie norte americana e ao mesmo tempo com
um filme, foi algo surreal, era tudo muito rico e bem produzido. Produção essa nem se fala, cada posição de câmera cuidadosamente escolhido, cada local de gravação, a forma tão sensível como a historia foi narrada, quem não se emocionou e se encantou com o personagem Miguel na Antártida escrevendo em seu diário de bordo. A delicadeza como a autora conseguiu abordar temas tão profundos como a inseminação artificial, e outros temas paralelos também como a maternidade em idade avançada, eram temas fortes, mas que não causavam polêmica e sim faziam com que a gente pensasse na vida, em como nossas escolhas interferirão no futuro e na vida de quem está a nossa volta; sem falar que nessa novela não existia um grande vilão e nem uma grande heroína, o que existiam eram personagens que fizeram escolhas ruins e boas e que eram afetados por elas, o que realmente se assemelha a nossa vida cotidiana. Outro ponto de destaque foi o texto, com uma linguagem  simples, mais informal, o que ajudou e muito a trazer a dramaturgia para um universo mais popular. Ah não quero me esquecer de duas coisas, trilha sonora impecável, com musicas sendo tocadas nos momentos certos e de acordo com o que a historia pedia, nela pudemos escutar até Titãs com Epitáfio, falando em musica não posso esquecer da abertura linda e contagiante com What a Wonderful World. Quero destacar também a atuação dos atores que foram incríveis e sensacionais, destaque para Débora Bloch, e  Isabelle Drumond que mostrou uma maturidade incrível nesse trabalho, ela de fato tem possibilidades de cada vez ir mais longe. Se alguém não acompanhou, mas conseguir encontrar algum site na internet onde dê para assistir aconselho que faça isso,
porque vale muito a pena. Pra você que não assistiu a novela conta historia de Miguel (Domingos Montagner) um Biólogo que não consegue se comprometer com ninguém, quando percebe que sua namorada Lígia (Débora Bloch), quer construir com ele uma família ele resolve ir embora para a Antártida, sem mesmo saber que sua namorada está gravida, mas durante a viagem ele acaba sofrendo um acidente ao qual é dado como morto. Nesse meio tempo Julia (Isabelle Drumond) descobre que é fruto de uma inseminação artificial, já que seu pai não podia ter filhos, com essa noticia ela então resolve descobrir quem é seu pai biológico, ao qual ela só sabe um número doador 251, com a ajuda de um site encontra o Pedro que também é filho do doador 251,  em seguida ambos descobrem Lígia e sua gravidez, e assim um por um os sete filhos de Miguel vão aparecendo, até que algumas coisas mudam completamente: Miguel está vivo; e a mãe de Julia mentiu, a garota não era fruto de inseminação artificial e sim de uma traição. Sete vidas acabou não tendo tanta repercussão na mídia como merecia, e nem teve tão boa audiência como também merecia, mas não por culpa da novela, e sim do publico que parece adorar coisas ruins e medíocres. Infelizmente o que é bom no Brasil é desvalorizado, fica para segundo plano.

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